Esta biblioteca digital abriga o livro sobre Oncologia e Oncocirurgia Ortopédica.

Ela inclui aulas acadêmicas, palestras proferidas em congressos nacionais e internacionais, trabalhos publicados, discussões de casos, procedimentos cirúrgicos realizados e técnicas próprias desenvolvidas.

O formato digital foi escolhido porque a web permite a inclusão de textos com inúmeros recursos visuais, como imagens e vídeos, que não seriam possíveis em um livro impresso.

O conteúdo é destinado a estudantes, profissionais da saúde e ao público em geral interessado na área.

Crânio

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Osteoma

Osteoma

Lesão benigna, de crescimento lento, com tecido ósseo maduro, de estrutura lamelar, bem diferenciado. É osso, denso, dentro do osso, seja na região cortical ou medular.

Osteoma

Pode manifestar-se de três formas clínicas distintas:

  • Exostoses (osso denso, homogêneo, com aspecto de marfin):  é  o osteoma convencional, restrito aos osso de origem intramembranosa (ossos da face, calota craneana), figuras 1 à 10.
Figura 1: Radiografia do crânio com lesão nodular, densa, homogênea, na calota.
Figura 1: Radiografia do crânio com lesão nodular, densa, homogênea, na calota.
Figura 2: Tomografia axial do crânio, com lesão acometendo as duas tábuas, com abaulamento maior da cortical externa.
Figura 2: Tomografia axial do crânio, com lesão acometendo as duas tábuas, com abaulamento maior da cortical externa.
Figura 3: Reconstrução tomográfica em três dimensões da lesão do crânio.
Figura 3: Reconstrução tomográfica em três dimensões da lesão do crânio.
Figura 4: Nódulo firme, saliente, na base de implantação do cabelo.
Figura 4: Nódulo firme, saliente, na base de implantação do cabelo.
Figura 6: Ostectomia com formão.
Figura 5: Assepsia e antissepsia, com colocação de campo plástico.
Figura 6: Ostectomia com formão.
Figura 8: Fragmentos do osteoma ressecado.
Figura 7: Leito cirúrgico regularizado, sem saliências.
Figura 8: Fragmentos do osteoma ressecado.
Figura 9: Osteoma exofítico da região parietal, aspecto de marfin.
Figura 9: Osteoma exofítico da região parietal, aspecto de marfin.
Figura 11: Segmento ressecado na base.
Figura 10: Lesão com aspecto de marfim. Figura 11: Segmento ressecado na base.
  • Parosteal (justacortical) ocorre na face externa dos ossos longos ou curtos, figura 12.
Figura 12: Osteoma da falange proximal, justacortical.
Figura 12: Osteoma da falange proximal, justacortical.
Figura 13 : Osteoma medular do colo femoral, enostose óssea.
Figura 13 : Osteoma medular do colo femoral, enostose óssea.
    • Medular: conhecido como enostose ou ilhota óssea. Lesões histologicamente semelhantes a osso maduro, densa e homogênea, sem quadro clínico significativo e geralmente decorrente de achado radiográfico, figuras 13 à 16.
Figura 14 : Osteoma medular do corpo vertebral, enostose óssea.
Figura 14 : Osteoma medular do corpo vertebral, enostose óssea.
Figura 15: Rm sagital de osteoma medular do corpo vertebral.
Figura 15: Rm sagital de osteoma medular do corpo vertebral.
Figura 16: Rm axial de osteoma medular do corpo vertebral.
Figura 16: Rm axial de osteoma medular do corpo vertebral.

Apresenta como diagnósticos diferenciais, tanto do ponto de vista clínico, histológico e radiográfico as seguintes afecções:

  • Esclerose óssea (de causa inflamatória ou pós traumática)
  • Hiperostoses
  • Meningioma
  • Osteoma osteóide.

O tratamento consiste na observação quando assintomáticos ou na ressecção cirúrgica quando houver indicação por alteração estética ou funcional (compressão ou obstrução – fossa nasal).

Autor : Prof. Dr. Pedro Péricles Ribeiro Baptista

 Oncocirurgia Ortopédica do Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho

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Técnica de ressecção de osteoma do crânio.

Técnica de Ressecção de Osteoma do Crânio. Paciente feminina, 48 anos de idade, com tumor na fronte havia três anos. Refere aparecimento lento e progressivo, indolor, que dificulta apenas a estética. Não observou crescimento no último ano. Lesão nodular, dura, aderida a planos profundos, com aproximadamente três centímetros de diâmetro. As figuras 1, 2 e 3 ilustram o aspecto clínico da lesão e as figuras 4 e 5 mostram o aspecto radiográfico da imagem.

12. Técnica de ressecção de osteoma do crânio

Figura 2: Visão de perfil.
Figura 1: Nódulo firme, saliente, na base de implantação do cabelo. Figura 2: Visão de perfil.
Figura 3: Paciente com o penteado encobrindo a lesão.
Figura 3: Paciente com o penteado encobrindo a lesão.
Figura 4: Radiografia do crânio com lesão nodular, densa, homogênea, na calota.
Figura 4: Radiografia do crânio com lesão nodular, densa, homogênea, na calota.
Figura 5: Detalhe da lesão de condensação óssea.
Figura 5: Detalhe da lesão de condensação óssea.

Para documentar melhor estas imagens, realizamos uma tomografia computadorizada (Figuras 6,7,8 e 9).

Figura 6: Tomografia axial do crânio com lesão acometendo as duas tábuas, com abaulamento maior da cortical externa.
Figura 6: Tomografia axial do crânio com lesão acometendo as duas tábuas, com abaulamento maior da cortical externa.
Figura 8 Tomografia com reconstrução em corte coronal, confirmando a íntima relação com a cortical externa.

Figura 7: Tomografia coronal mostrando que a lesão atinge apenas a cortical externa.
Figura 8: Tomografia com reconstrução em corte coronal, confirmando a íntima relação com a cortical externa.

Figura 9: Reconstrução tomográfica em 3 dimensões da lesão do crânio.
Figura 9: Reconstrução tomográfica em 3 dimensões da lesão do crânio.
Figura 10: Tricotomia e planejamento da incisão cirúrgica.
Figura 10: Tricotomia e planejamento da incisão cirúrgica.

A análise da história, quadro clínico e imagens de uma lesão homogênea, compacta, com limites precisos, produtora de osso maduro permitiu o diagnóstico de osteoma, realizando-se a ressecção desta lesão por indicação estética. A cirurgia foi realizada sob anestesia geral e infiltração local, para diminuir o sangramento (figuras 10 à 20).

Figura 11: Assepsia e antissepsia, com colocação de campo plástico.
Figura 11: Assepsia e antissepsia, com colocação de campo plástico.
Figura 12: Infiltração local com anestésico com vaso constritor.
Figura 12: Infiltração local com anestésico com vaso constritor.
Figura 13: Incisão, hemostasia e descolamento do periósteo.
Figura 13: Incisão, hemostasia e descolamento do periósteo.
Figura 14: Ostectomia com formão.
Figura 14: Ostectomia com formão.
Figura 15: Superfície cruenta do leito operatório.
Figura 15: Superfície cruenta do leito operatório.
Figura 16: Regularização com serra elétrica.
Figura 16: Regularização com serra elétrica.
Figura 17: Aplanamento com formão.
Figura 17: Aplanamento com formão.
Figura 18: Leito cirúrgico regularizado, sem saliências.
Figura 18: Leito cirúrgico regularizado, sem saliências.

Ostectomia com serra elétrica

A Serra elétrica não se mostrou como o instrumento mais adequado para a realização da ostectomia e regularização, como podemos observar. Isto foi melhor executado com o formão (figura 17).

Figura 19: Fragmentos do osteoma ressecado.
Figura 19: Fragmentos do osteoma ressecado.
Figura 20: Pós-operatório imediato.
Figura 20: Pós-operatório imediato.

Autor : Prof. Dr. Pedro Péricles Ribeiro Baptista

 Oncocirurgia Ortopédica do Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho

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