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Granuloma Eosinófilo do Rádio
Granuloma Eosinófilo Do Rádio. Paciente com deficiência de IGA, diagnosticada aos dois anos de idade através de dosagem de imunoglobulinas, realizada em virtude de otites de repetição. A criança apresenta dificuldade de viragem sorológica.
Com onze anos de idade, apresentou trauma na mão direita em Abril de 2015, sendo diagnosticado fratura, que foi tratada com imobilização por 14 dias, figura 0a e 0b,
Passou as férias de julho na SnowLand, em Gramado, caindo muitas vezes na patinação, retornando em 02/Agosto/2015 e referindo dor no antebraço direito e pé direito, que foram atribuidas às atividades esportivas das férias.
Em 06 de Agosto de 2015, com a persistência dos sintomas, foram realizadas radiografias do pé direito e do punho direito, sendo interpretado que no pé direito não havia fratura e nada foi indicado para tratamento. O antebraço foi imobilizado por uma semana, por diagnóstico de contusão. Estas radiografias não foram recuperadas.
Após uma semana, em 14/08/2015, foi retirada a tala e constatado edema residual no punho e dor local. Na semana seguinte, em 17/08/2015, foi avaliado por outro ortopedista que repetiu as radiografias e diagnosticou um cisto no rádio e uma pequena fratura acima, figuras 1 à 5.
Foi orientando repouso da articulação, “sem imobilização” e indicando observação e acompanhamento,por mais duas a três semanas. Para recuperação do movimento, “perdido com a tala”, foi indicada dez sessões de fisioterapia, iniciada de imediato, entre 18 e 31 de agosto.
Com a aparente redução da dor, após 07/09/2015, retornou às atividades esportivas na escola, basquetebol e futebol, reaparecendo o edema do punho e a recorrência da dor. Foi interropido novamento o basquetebol.
No domingo, 20/09/2015, após um dia com muitas atividades físicas, caminhadas, piscina, houve aumento do edema e dor no punho direito. No dia seguinte realizou novas radiografias do punho que identificaram a evolução da lesão, figuras 6 e 7.
Com este achado foram realizadas tomografia, ressonância, cintilografia e exames laboratoriais, Figuras 8 a 79.
Cirunferência do punhos em 17/10/2015: esquerdo= 14,0 cm ; direito: 16,0 cm
Cirunferência do punhos em 17/10/2015: esquerdo= 14,3 cm ; direito: 15,5 cm
Em 30 de maio de 2016, após seis meses de tratamento com Vimblastina EV, Mercaptopurina e Meticorten (50 mg) o paciente retorna para avaliação. Neste período teve um episódio de dor e edema do punho em Janeiro de 2016, cujas radiografias são apresentadas nas figuras 142 e 143. Manteve o punho imobilizado e reavaliou-se em 11-04-2016, figuras 144 e 145.
Nesta mesma data de 23/05/2016 realizou exame de ressonância magnética, mostrados nas figuras 159 à 172.
O paciente comparece para nossa reavaliação, após seis meses de quimioterapia, com Vimblastina EV, Mercaptopurina e Meticorten (50 mg). O aspecto clínico pode ser observado nas figuras 175 e 176.
Em virtude das alterações persistentes das imagens e da clínica de recorrentes episódios de dor e edema no punho, orientamos afastamento dos esportes, evitar movimentos que propiciem entorse do punho, suspender a medicação analgésica, por período aproximado de dois meses. Após este período de observação, realizar exames de imagem para análise e definição de conduta. Retornar / comunicar o consultório antes, se apresentar sintomas clínicos desfavoráveis, ou antecipar o retorno para nossa reavaliação.
Autores do caso
Autor : Prof. Dr. Pedro Péricles Ribeiro Baptista
Oncocirurgia Ortopédica do Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho
Consultório: Rua General Jardim, 846 – Cj 41 – Cep: 01223-010 Higienópolis São Paulo – S.P.
Fone:+55 11 3231-4638 Cel:+55 11 99863-5577 Email: drpprb@gmail.com