
Técnica de pelvectomia interna em criança - Sarcoma de Ewing da pelve Conduta
Sarcoma De Ewing Da Pelve. Paciente com oito anos e seis meses de idade, é atendido em março de 1998, referindo dor na pelve esquerda havia cinco meses. As radiografias da bacia revelaram uma lesão de rarefação óssea afetando o ramo ísquio-púbico da pelve esquerda (Figuras 1 à 4).
Foram realizados os exames para estadiamento sistêmico, que não demonstraram outro sítio de neoplasia (Figuras 5 à 7).
Em seguida, realizou-se a biópsia da lesão, com agulha de Jamshidi, por via medial, que revelou tratar-se de neoplasia de pequenas células, sarcoma de Ewing (Figuras 8 à 12).
Após a quimioterapia neoadjuvante foram realizados exames clínicos, laboratoriais e de imagem, para a escolha do tratamento local. Na época não havia ressonância magnética e a avaliação de imagens restringiu-se à radiografias e tomografia que revelaram boa resposta radiográfica à terapia, Figuras 14 à 19.
Apesar do sarcoma de Ewing ter resposta à radioterapia segundo a literatura, preferimos realizar a ressecção do tumor, sempre que for possível. Observamos que os resultados a médio e longo prazo são melhores quando a lesão é removida cirurgicamente. Neste caso, com a boa resposta radiográfica à quimioterapia neo adjuvante, indicamos o tratamento cirúrgico de pelvectomia parcial, sem reconstrução.
O paciente foi submetido a cirurgia de ressecção do anel obturador, compreendendo os ossos ísquio e púbis do lado esquerdo, através da cartilagem em Y da pelve, em Outubro de 1998, Figuras 20 à 29.

O estudo anatomopatológico da peça ressecada, após a quimioterapia neo-adjuvante, revelou apenas áreas de necrose, sem evidência de células neoplásicas viáveis, Figuras 30 e 31.
Pós operatório de 1998-1999
Pós operatório de 2000-2002
Vídeo 1: Observem a adução do quadril e valgismo do joelho esquerdo, para compensar a marcha.
Pós operatório de 2000-2002
Vídeo 2: Função após cinco anos.
Vídeo 3: Função após dez anos da pelvectomia interna.
Vídeo 4: Paciente vestido caminha com boa desenvoltura, praticamente imperceptível a claudicação.
Vídeo 5: Subindo e descendo as escadas, sem nenhuma dificuldade, após dez anos da operação.
Avaliação de Junho de 2011, após treze anos de pós operatório.
Vídeo 6: Junho de 2011, após treze anos de pós operatório.
Vídeo 7: Junho de 2011, após treze anos de pós operatório.
Pós-operatório de 2014
Vídeo 8: Avaliação de Fevereiro de 2014, após dezesseis anos de pós operatório.
Pós-operatório de 07/2014.
Vídeo 9: Avaliação de Julho de 2014, após dezesseis anos e seis meses de pós operatório.
Pós-operatório de 02/2015.
Vídeo 10: Avaliação de fevereiro de 2015, após dezessete anos de pós operatório.
Vídeo 11: Avaliação de fevereiro de 2015, após dezessete anos de pós operatório.
Vídeo 12 : Aspecto clínico da hipotrofia e função em 12/05/2015, após 17 anos e três meses da cirurgia.
Vídeo 13 : Alinhamento, estética e função em 12/05/2015, após dezessete anos da pelvectomia interna.
Autores do caso
Autor : Prof. Dr. Pedro Péricles Ribeiro Baptista
Oncocirurgia Ortopédica do Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho
Consultório: Rua General Jardim, 846 – Cj 41 – Cep: 01223-010 Higienópolis São Paulo – S.P.
Fone:+55 11 3231-4638 Cel:+55 11 99863-5577 Email: drpprb@gmail.com